CineTribAL - Mostra de curtas-metragens


Exibição dos melhores filmes cabofrienses de curta-metragem no CineTribAL 2007. Não perca!
DIA: sábado, 22 de dezembro
HORÁRIO: 20:33h
LOCAL: Museu de Arte Religiosa e Tradicional - Convento N. Sr.ª dos Anjos - , Largo de Santo Antônio, Centro, Cabo Frio - RJ.
APOIO CULTURAL:
- Ministério da Cultura - Departamento de Museus e Centros Culturais
- IPHAN - 70 anos
- Café Expresso & Cia
- Espaço CyberTel


Dia 7 de dezembro, às 20:33h


Neste dia, a TribAL comemora seus 4 anos de vida cultural e convida todos para a festa.

Traga a sua arte!

DIA: sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
HORÁRIO: 20:33h
LOCAL: Espaço Sorriso Feliz - Teatro de Marionetes, Rua Jorge Lossio, esquina com Francisco Mendes (atrás do Corpo de Bombeiros), Centro, Cabo Frio.
Entrada franca.
Até lá.

Ciclo de Leitura: CHICO BUARQUE


A TribAL convida a todos para o 19º CICLO DE LEITURA, desta vez sobre a obra de CHICO BUARQUE. Este evento tem por objetivo desvendar quem é esta pessoa, trazer a literatura, a composição musical e a dramaturgia brasileira para perto do seu público, criar o hábito da leitura, assim como proteger e exercitar o que há de melhor em nossa cultura. Como funciona o Ciclo de Leitura? Traga algum texto (poema, conto, poesia, crônica, curiosidades, composição, etc.) sobre o autor indicado. Se preferir, venha apenas para ouvir e "viajar".
DIA: sexta-feira, 23 de novembro de 2007.
HORÁRIO: 20:33h
LOCAL: Espaço Sorriso Feliz - Teatro de Marionetes
, Rua Jorge Lossio, esquina com Francisco Mendes (próximo ao Corpo dos Bombeiros), Centro, Cabo Frio - RJ.
Gratuito.
O QUE JÁ ROLOU: Caio Fernando Abreu, Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana (100 anos), Paulo Leminski, Nelson Rodrigues, Érico Veríssimo (100 anos), Rachel de Queiroz, Fernando Sabino, Vinícius de Moraes, Plínio Marcos, Cecília Meireles, Arnaldo Antunes, Maria Clara Machado, Ferreira Gullar.

CineTribAL - Mostra de curtas-metragens


Venha curtir um cineminha!
Exibição de 7 filmes de curta-metragem (nacionais e estrangeiros), entre eles: animação, ficção, documentário e experimental.
Gratuito.

Dia: sábado, 24 de novembro de 2007
Horário: 20:33h
Local: Museu de Arte Religiosa e Tradicional
Convento N. Sr.ª dos Anjos
Largo de Santo Antônio, Centro, Cabo Frio
Apoio:
- Ministério da Cultura - Departamento de Museus e Centros Culturais
- IPHAN - 70 anos
- Café Expresso e Cia
- Espaço CyberTel

Conto: "O Corsário"


Errantes. A nave abatida deslizava rápida e cheia de complexos nas fortes ondas de uma tempestade de verão. Diante do esplendor atmosférico, não fazia sentido para o corsário encontrar ali outra nave que trouxesse pirataria esdrúxula como os exóticos escravos africanos. “Porque diabos a coroa estaria preocupada com insignificantes animais de pele condenada”. Abortou essa idéia de sua cabeça infeliz e inteligente.
As imagens se sucediam delirantes e ambiciosas como se o corsário estivesse embriagado; ou tivesse bebido um barril inteiro de vinho sozinho frente á possibilidade de um naufrágio. Não sentia medo; apenas fascinação. Eram ondas gigantescas que gritavam, cheias de si, pelo simples fato de querer ficar sozinhas naquele período; afinal, excitadas, era indecente ter aquelas caravelas ali deslizando na superfície do seu ventre. Parecia que o barco as deixava mais e mais... aborrecidas. Era de costume o mar agir assim em tempos de menstruação. O corsário sorriu ironicamente; e mesmo naquele estado de uma suposta embriagues, ele não tutibiou em cobiçar aquela loucura; aquele estado do vai e vem das ondas que fazia do barco algo divertido, vulnerável e delirante. Foi quando ao virar-se viu, na proa, algo flutuando como uma nuvem. Uma mulher de vestido longo, branco e esvoaçando como uma neblina. A imagem não fazia parte da cena, mas possuía independência própria na sua aparição. Era linda, e o corsário perdido começou a desconfiar da sua própria sanidade. Não sentia a caravela tocar, no vai e vem das ondas, a ponta dos seus pés. Passou a acompanhar os movimentos insólitos do fantasma que o retirava de suas funções primordiais: dos seus deveres de estar ali na proa. Passou a desejar algo com tanta intensidade que a própria fascinação da tempestade já não mais cabia na sua lúcida tentativa de se manter no equilíbrio abordo.
A nave vacilava perdia nas ondas rumo ao nada e ia sendo consumida pela voracidade das profundas águas obscurecidas. Em fúrias, num desvio de ilusão, o barco tombou sem relutar com a força do mar, entregando-se de uma forma frenética e sedutora a gula da volúpia marinha. Afogado, homem e marujo ficaram divididos numa tentativa inútil e esbravejando de tentar resgatar um pouco mais de sobrevida para reerguer o mastro da hermafrodita nau; ou quem sabe, a obscura dualidade corsária. Tarde de mais. Emborcada, no derradeiro, ofegante e convulsivo, o navio ia sendo tragado pela incontrolável volúpia de um mar corpulento e dominador. Toda a tripulação movia-se tranqüila e agonizante nas profundas águas onde a paz conjugava o destino dos náufragos com a morte quente e anestésica. Inconformado, o corsário relutou contra, e; indo até a superfície, tentou inutilmente ressurgir das trevas para outra tão bela e desigual. Mas seu coração já fora roubado no encontra de duas tempestades perfeitas e catastróficas. Decidiu, então, pelo cansaço, deixar o corpo corsário afundar nas águas eróticas do gigantesco ventre marinho. Não era à força de uma ressurreição; mas o nascimento de uma divindade ungida pela aparição de um espectro santificado fora de hora. O corpo desceu tranqüilo, morto, adormecido. Vendo, era algo que se podia acreditar na existência de Deus: a nave tombou oca, desfalecida, rangendo em várias cicatrizes e repousando no conforto das areia mais macias existente em todo o oceano; para logo em seguida, no decorrer de dois mil anos, dá vida a inúmeros cardumes, crustáceos e mamíferos que povoaram a sobrevivência de uma entropia molecular.
Nadando exaustivo, o homem nu chegou a uma praia deserta. Diante de tantos acontecimentos, ele se viu ali isolado, desprovido e sem utilidade. Estarrecido, viu a nau suspensa num imenso rochedo, triunfante, com suas velas resplandecentes esvoaçando ao sabor dos ventos. Como um bom corsário, mais uma vez, deixou-se afogar com a beleza do mastro em vigorosa ereção. Deu de queixos.

Paulo César de Souza - Setembro de 2007 (Búzios)

CineTribAL - Mostra de curtas-metragens


Venha curtir um cineminha!
Exibição de 7 fimes de curta-metragem, entre nacionais e estrangeiros: animação, documentário, ficção e experimental.
DIA: sábado, 27 de outubro de 2007
HORÁRIO: 20:33h
LOCAL: Convento N. Sr.ª dos Anjos - Museu de Arte Religiosa e Tradicional
Largo de Santo Antônio, Centro, Cabo Frio-RJ.
Gratuito.

Ciclo de Leitura: FERREIRA GULLAR


A TribAL convida a todos para o 18º CICLO DE LEITURA, desta vez sobre a obra de FERREIRA GULLAR. Este evento tem por objetivo desvendar quem é esta pessoa, trazer a literatura, a composição musical e a dramaturgia brasileira para perto do seu público, criar o hábito da leitura, assim como proteger e exercitar o que há de melhor em nossa cultura. Como funciona o Ciclo de Leitura? Traga algum texto (poema, conto, poesia, crônica, curiosidades, composição, etc.) sobre o autor indicado. Se preferir, venha apenas para ouvir e "viajar".

DIA: sexta-feira, 19 de outubro de 2007.
HORÁRIO: 20:33h
LOCAL: Espaço Sorriso Feliz - Teatro de Marionetes, Rua Jorge Lossio, esquina com Francisco Mendes (próximo ao Corpo dos Bombeiros), Centro, Cabo Frio - RJ.
Gratuito.

O QUE JÁ ROLOU: Caio Fernando Abreu, Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana (100 anos), Paulo Leminski, Nelson Rodrigues, Érico Veríssimo (100 anos), Rachel de Queiroz, Fernando Sabino, Vinícius de Moraes, Plínio Marcos, Cecília Meireles, Arnaldo Antunes, Maria Clara Machado.






O "PLANO T - EXPERIMENTAL JÁ!" é um encontro multicultural. Traga uma poesia, uma música, uma dança, uma pintura, um esquete, uma performance, ou algo que encante fazendo parte desta noite. Este evento é um exercício da arte para todos! Traga seu plano, experimente!

DIA: Sábado, 20 de outubro de 2007
HORÁRIO: 20:33h
LOCAL: Espaço Sorriso Feliz - Teatro de Marionetes, Rua Jorge Lossio, esquina com Francisco Mendes (atrás do Corpo de Bombeiros), Centro de Cabo Frio.
Gratuito.

Ciclo de Leitura - MARIA CLARA MACHADO


A TribAL convida a todos para o CICLO DE LEITURA, desta vez sobre a obra de MARIA CLARA MACHADO. O Ciclo de Leitura tem por objetivo desvendar quem foi esta pessoa, trazer a literatura, a composição musical e a dramaturgia brasileira para perto do seu público, criar o hábito da leitura, assim como proteger e exercitar o que há de melhor em nossa cultura. Como funciona o Ciclo de Leitura? Traga algum texto (poema, conto, poesia, crônica, curiosidades, composição, etc.) sobre o autor indicado. Se preferir, venha apenas para ouvir e "viajar".

DIA: sexta-feira, 21 de setembro de 2007.
HORÁRIO: 20:33h
LOCAL: Espaço Sorriso Feliz - Teatro de Marionetes,
Rua Jorge Lossio, esquina com Francisco Mendes (próximo ao Corpo de Bombeiros), Centro, Cabo Frio - RJ.
Gratuito.

O QUE JÁ ROLOU: Caio Fernando Abreu, Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana - 100 anos-, Paulo Leminski, Nelson Rodrigues, Érico Veríssimo - 100 anos-, Rachel de Queiroz, Fernando Sabino, Vinícius de Moraes, Plínio Marcos, Cecília Meireles, Arnaldo Antunes.

II Maratona Fotográfica, de 24 à 31 de agosto, na Casa de Cultura José de Dome - Charitas.


Arte e fotografia vão se espalhar por Cabo Frio e fazer da cidade cenário da cultura. De 24 a 31 de agosto, a II Maratona Fotográfica de Cabo Frio trará exposições de grandes nomes da fotografia nacional e novos artistas, além de oficinas, debates e filmes para mostrar as diferentes formas desta arte. A Casa de Cultura José de Domme - Charitas - terá a exposição do fotógrafo e diretor de fotografia de cinema Walter Carvalho e do fotógrafo Márcio RM e mostrará novas faces da Região dos Lagos, captadas pelas lentes de 10 novos artistas.
Iniciada no ano passado, a Maratona Fotográfica de Cabo Frio apresentou o encontro da cidade com a fotografia. O evento rendeu frutos, e os trabalhos da primeira edição foram selecionados para o FotoRio 2007, o encontro internacional de fotografia do Rio de Janeiro. Em sua segunda edição, a Maratona Fotográfica quer confirmar o pioneirismo e exibir o que Cabo Frio tem em abundância: a areia. Escaldante como a juventude ou fina como talco, esteja nas dunas ou fugindo para dentro das casas, a areia será o tema a ser captados pelos olhares de 10 fotógrafos locais. A seleção de imagens será feita pela curadora e fotógrafa Joana Mazza.
As exposições ficarão ao longo do mês de agosto e setembro na Casa de Cultura José de Dome – Charitas, Centro, Cabo Frio - RJ.

Inscrições para OFICINAS de 19 a 23/08
Charitas - Av. Assunção, Centro, Cabo Frio.

PROGRAMAÇÃO:

24/08 - SEXTA
19h - Abertura das Exposições:
"O sertão é todo Espera" - Walter Carvalho
"Cruzeiros" - Márcio RM
"Areia" - Coletiva
- CineTribAL - Mostra de curtas-metragens

25/08 - SÁBADO
9h - Oficina I - Introdução à Fotografia
13h - Oficina II - Pin Hole
16h - Curtas:
"Quem vai chorar quando eu morrer?"
"Judith"
"Quem?"
17h - Vídeo Arte: "Interferência"
19h - Palestra com Márcio RM

26/08 - DOMINGO
9h - Oficina III - Fotografia em Estúdio
13h - Oficina IV - Fotografia no Cinema
16h - Passeio Fotográfico
17h - Documentário: "Pescadores de Aran"
19h - Palestra com Walter Carvalho

27 a 30/08 - SEGUNDA A QUINTA
18h - Visitas Guiadas - Exposições no Charitas

31/08 - SEXTA
Palestra com Luiz Gonzaga de Carvalho e Silva
"História da Fotografia"

1 e 2/09 - SÁBADO E DOMINGO
18h - Projeções Fotográficas no Convento

REALIZAÇÃO:
LadoB Produções
TribAL - Associação Cultural Tributo à Arte e à Liberdade


INFORMAÇÕES:
maratona.fotografica.cf@gmail.com
Alexandra Arakawa (22) 92149662
Manuela Costa (21) 93548758

Conto: "Cachinhos aos Ventos"


Por Paulo César de Souza*
Uma tranqüila atitude fazia a manutenção dos riscos adquiridos na trajetória das inocências. No entanto, o coração bateu num ritmo sensual quando ele apreendeu algo, em si, na aparente virilidade. O que fazia ter tantas certezas? Porque, de repente, um extremo desconforto, ereto, cruzou a linha sincrônica de sua corrente sangüínea?
No começo, tratavam-se com cordialidade e admiração. Uma admiração passiva, maquiada por cores intelectuais e beleza física: um deles se vestia como um garoto, falava como um menino e agia como um rapaz. Mas havia um hospedeiro: um homem camuflado naquela aparente adolescência, que escondia nas armaduras medievais crianças sintomáticas, eternas, que faziam emergir a delícia de uma pedofilia. Era um personagem rasgado de um conto de novelas, uma cena escrita para ser vista e vivida; para ele mesmo, sem o ser. Foi então que veio a grande revelação: ele podia ser... sem ser. Na sua respiração, conclui atônito – se é que concluir fosse passível de alguma conclusão – que ele não podia mais olhar para ele de forma simples e descomprometida. Pois o comprometimento canibal era um emaranhado de teias carnívoras que degustavam, deliciosamente, a salada de criancinhas.
Estar envolvido em tal historia é como assistir “Janela Indiscreta” de Hitchcock. Devo atravessar a grande ponte? Olhou através do binóculo e percebe que o rapaz se posicionava nu do outro lado da ponte. Completamente nu! Maravilhosamente nu! Provocação? Não. Sua nudez era rígida como as armaduras e quente como a esperança; e mesmo apesar do distanciamento era possível sentir as batidas do seu coração e ver os arrepios na sua pele branca de neném. Num momento rápido pensou que... ficar ali parado era pecado; olhando através de um binóculo era indiscreto. E aí, então, tomou uma decisão súbita e espontânea de atravessar a ponte. Avançou alguns passos à frente e a ponte rangeu perigosa e felina. Uma pantera. Parou apavorado desligando as lunetas dos seus olhos, sentindo os pelos do asfalto periclitantes sobre os seus pés. Mas um beijo refrescante veio rápido com o vento, apaziguando todo aquele momento feliz e efêmero. Deu mais alguns passos, e furiosa a ponte tremeu, balançando seu corpo frágil, tentando derrubá-lo de sua própria segurança. Um gruído propagou-se com o vento e sobre aquele tremor, segurou uma das mãos num ferro grosso e com a outra elevou o binóculo no olho do sul e viu, contrariando toda aquela concupiscência, cachinhos balançando ao vento, incógnitos. Se perguntasse para si mesmo se deveria atravessar toda aquela ponte; já não fazia nenhum sentido desde que começara a pressentir. O amor havia lhe flagrado numa situação exposta, contundente em fraturas que se propagavam nas estruturas. Quando percebeu, já havia avançado quase a metade do trajeto e em meio a águas revoltas lembrou-se de uma canção.
Foi fácil tirar da armadura o menino para logo em seguida – como numa cirurgia cesariana – dar a luz a um rapaz. Tenebroso era o homem que poderia evoluir, ríspido como uma árvore, de dentro da carcaça de ferro. Pois a batalha era inevitável, fosse ela qual fosse. E em masturbações plenas, um exército de homem passava a guarda na sua frente; mas era sempre a imagem dele que prevalecia na ora do gozo. Aquela compulsividade serena já era o prelúdio de uma deliciosa doença que se instalara nas entranhas da sua imaginação e dos seus sonhos. Estava pronto para guerrilhar e avançar um pouco mais a comprometida ponte. A doença lhe conferia surtos de felicidade e receios momentâneos; aumentando os números de punhetas em qualquer domicílio ou local público, pois sabia que logo em seguida, na ora do gozo, era o seu semblante encaracolado que vinha visitá-lo após a troca da guarda. Passou a busca neste distúrbio anacrônico a presença terna do seu olhar, pernas, coxas, músculos, e a quentura de suas cavernas sanguíneas na ponta dos seus lábios; uma deliciosa prática de tê-lo mais próximo de mim. Poucos poemas, sarados, foram capazes de lhe trazer àquela circunstância em meio a uma ponte preste a ruir, e um rapaz helênico resgatou o poder catastrófico suplantado na sua longa espera: vulcões explodiam, terremotos devastadores, ciclones e ventos feito brisa. Quanto mais ele avançava mais comprometia a estrutura da ponte e a imagem na lente do binóculo aumentava em proporções bem dotadas, deixando-o totalmente embriagado e sem consciência do que estava acontecendo: a separação dos continentes. Uma gaivota, planando no seu ouvido, gritou aborrecida chamando-lhe a atenção. Ele parou obediente e parou também o divisor das águas. O olho nu olhou para o nu que sorria feliz do outro lado da ilha já bem próximo do alcance, e, por alguns instantes, eternos talvez, o mundo todo parou de girar de baixo dos seus próprios pés, de frente dos seus olhos. E uma calmaria invadiu todo o fluxo contínuo de uma transmutação possível de existir que não fosse aquela: a vigente. Parado, já um quarto percorrido, saboreando a brisa na ponte quase destruída, foi de tudo um prazer admirável e tranqüilizador. O menino próximo ali na sua frente, pequeno e oblíquo, lhe pareceu sem sentido, agora, para avançar um pouco mais na fúria de seus desejos. Mergulhou, então, no frenesi daquela liberdade e bem antes que ele pensasse em dar mais alguns passos... sabia agora que qualquer movimento avante estaria comprometendo com toda a estrutura de um planeta inteiro. Era melhor deixar agora esse processo evolutivo de irresponsabilidade a cabo da lei da gravidade, movendo com cautela os continentes sobre a fração segura dos segundos e minutos presente. Afinal de contas, Ele havia se mostrado inteiro para Ele espelho. Nu, completamente...

*Professor de Literatura, escritor, cineasta e pesquisador do Ciclo de Leitura. pcdesouza9@yahoo.com.br (22) 8137-7402

Ciclo de Leitura sobre ARNALDO ANTUNES, sexta-feira, dia 20 de julho, às 20:33h.


A TribAL convida a todos para o Ciclo de Leitura, desta vez sobre a obra de Arnaldo Antunes. O Ciclo de Leitura tem por objetivo desvendar quem é esta pessoa, trazer a literatura, a composição musical e a dramaturgia brasileira para perto do seu público, criar o hábito da leitura, assim como proteger e exercitar o que há de melhor em nossa cultura. Como funciona o Ciclo de Leitura? Traga algum texto (poema, conto, poesia, crônica, curiosidades, composição, etc.) sobre o autor indicado. Se preferir, venha apenas para ouvir e "viajar".
O Ciclo de Leitura acontecerá na sexta-feira, dia 20 de julho de 2007, às 20:33h, no Espaço Sorriso Feliz - Teatro de Marionetes: Rua Jorge Lossio, esquina com Francisco Mendes (próximo ao Corpo de Bombeiros), Centro, Cabo Frio - RJ.
Até lá!
O QUE JÁ ROLOU:
- Caio Fernando Abreu
- Clarice Lispector
- João Cabral de Melo Neto
- Guimarães Rosa
- Ariano Suassuna
- Carlos Drummond de Andrade
- Mário Quintana - 100 anos
- Paulo Leminski
- Nelson Rodrigues
- Érico Veríssimo - 100 anos
- Rachel de Queiroz
- Fernando Sabino
- Vinícius de Moraes
- Plínio Marcos
- Cecília Meireles

15º Ciclo de Leitura - Cecília Meireles


A TribAL convida a todos para o Ciclo de Leitura, desta vez sobre a obra de Cecília Meireles. O Ciclo de Leitura tem por objetivo desvendar quem foi esta pessoa, trazer a literatura brasileira para perto do seu público, criar o hábito da leitura, assim como proteger e exercitar o que há de melhor em nossa cultura.
Como funciona o Ciclo de Leitura? Traga algum texto (poema, conto, poesia, crônica, curiosidades, etc.) sobre o autor indicado. Se preferir, venha apenas para ouvir e viajar.
O Ciclo de Leitura acontecerá na sexta-feira, dia 22 de junho de 2007, às 20:33h, no Espaço Sorriso Feliz - Teatro de Marionetes: Rua Jorge Lossio, esquina com Francisco Mendes (próximo ao Corpo de Bombeiros), Centro, Cabo Frio - RJ.
Até lá!

Saberes & Sabores "Nômades"


O Convidado desta primeira edição do evento será o poeta campista Artur Gomes, considerado uma das grandes vozes da poesia falada no Brasil. Artur Gomes é conhecido nacionalmente por parar multidões em torno de sua performance. Com uma voz estrondosa e uma dicção corrosiva e enigmática, este poeta aquece o coração dos que cruzam seu caminho.
PROGRAMAÇÃO:
1ª parte - Saberes Nômades
> O Inquérito canibal: Artur Gomes será devorado pela curiosidade tribaleira. Neste momento faremos perguntas sobre sua carreira e sua arte, uma verdadeira roda viva onde o poeta terá que rebater a gula dos membros da platéia (30 minutos).
2ª parte - Saberes Locais
> Oferta da casa: Mostraremos ao poeta os nossos talentos. Ciranda Tribaleira; Recital de violão com Fernando Chagas; Sapatilhas poéticas dançantes nos pés de Tatiana Prota; Um número de Clown com as atrizes da Cia. “Clauneskaria”; Performances de Janete e seu trabalho "Construção"; Curta-metragem de Flávio Pettinichi; Pinturas de Soraya Costa e o delírio visual dos fotógrafos Tchê Mano, Alexandra Arakawa, Manu e o mexicano Raúl Aguillar (30 minutos).
> Bandalha Fulinaímica: Artur Gomes destilará seu histórico repertório com clássicos de sua lavra: “Carne Proibida” e “Expresso 484” e outras pérolas de seu repertório.
3ª parte – Sabores Nômades
> O público presente junto com a TribAL oferecerá ao poeta um banquete com iguarias trazidas pelos convidados, uma deliciosa comilança ao som do CD do gaitista Engel´s Espíritos.
> E mais: José Facury e Juninho Caju, entregarão ao poeta as chaves do céu de Cabo Frio. Traga sua comida e bebida (não alcoólica): venha com fome de arte!
Local: Ateliê “D`Aroeira”Av. dos Pescadores 12, Ogiva - Caminho Verde, próximo ao condomínio Mania de Mar 3.
Data: 16 de junho, sábado
Hora: 17:00 horas
Tel: 22 - 2648 3763

Até lá!

Charge


Essa é a galera da TribAL pela visão artística da Milla*. Valeu Millaray!!!

*Milla é escritora, cartunista, escreve absurdas tragédias pessoais em textos e tiras de humor (http://autobiografianaoautorizada.blogspot.com/). Enquanto a fama e a riqueza não batem a sua porta, se dedica ao design, a bebida, e ao sexo sem amor.



O Período Clássico


Por Fernando Chagas*
É muito comum nos dias de hoje ouvirmos o termo clássico como modelo para toda música que não seja de caráter popular. Dentro do contexto musical, o termo clássico também possui outras atribuições ou conotações, não é raro escutarmos "esse é um clássico da música" sem sequer referirmos ao período clássico. Cronologicamente o período clássico vai do fim do século XVIII chegando a Beethoven no início do século XIX. Este período é marcado por grandes transformações sociais, por correntes de pensamentos e revoluções que acabaram por influenciar os autores e a própria estrutura musical. O período clássico também foi fértil para a literatura musical, pois refletia toda a intelectualidade da época, neste momento os músicos conquistaram uma nova complexidade. A música nunca havia sido tão rica tecnicamente e ainda influenciada por outros estilos como o barroco. O período clássico coincidiu com o período do iluminismo: movimento que enfatizava a lógica, o conhecimento, e assim influenciando a própria construção musical que tendia mais à forma e à estética, dando ênfase a uma expressão mais direta que por vezes parecia distante do sentimentalismo. Foi um período em que os músicos buscaram a sua liberdade e a sua independência reagindo em relação ao período anterior, o barroco, e da dependência da aristocracia. Entender o período clássico compreende não só as transformações musicais, mas também uma compreensão sobre um momento histórico e revolucionário da humanidade.

*Músico, ator, artista plástico e cozinheiro de strogonoff.

XIII Noite CulturAL


A Noite CulturAL é um evento que a TribAL tem muito orgulho em realizar, e nesta 13ª edição - cultura popular -, convida a todos a participarem deste espetáculo transformador e conhecer os artistas da sua cidade.
Até lá!

Ciclo de Leitura sobre Plínio Marcos


A TribAL convida a todos para o Ciclo de Leitura, desta vez sobre a obra de Plínio Marcos. O Ciclo de Leitura tem por objetivo trazer a literatura brasileira para perto do seu público, criar o hábito da leitura, assim como proteger e exercitar o que há de melhor em nossa cultura.
Como funciona o Ciclo de Leitura? Traga algum texto (poema, poesia, crônica, curiosidades, etc) sobre o autor indicado. Se preferir, venha apenas para ouvir e "viajar".
O Ciclo de Leitura acontecerá no dia 18 de maio de 2007, sexta-feira, às 20:00h, no Espaço Sorriso Feliz (Teatro de Marionetes) - Rua Jorge Lossio, esquina com Francisco Mendes (próximo ao Corpo de Bombeiros), Centro, Cabo Frio - RJ.
Até lá!

Curta-metragem e a sua lei


Por Flavio Pettinichi*
Apesar de pequenos na forma, eles podem ser considerados grandiosos. Por um período curto de no máximo vinte minutos, eles conseguem ter longa permanência na memória do espectador. Cuidadosos ao extremo, eles têm que saber dosar o impacto, a surpresa, o humor ou a poesia, pois não é muito difícil errar a mão. Os curtas-metragens ganharam espaço no mercado brasileiro, sendo produzidos em mais de 19 Estados. Com baixo orçamento, a produção nacional de curta-metragem pode se caracterizar por uma palavra: diversidade; com temas, cenários e estéticas de várias regiões do país. Durante os anos 90, época dura para o cenário cultural do país, foi talvez o único setor em atividade no cinema brasileiro. Alguns dados evidenciam essa força de continuar vivo: na década de 80, uma média de 120 títulos finalizados por ano, e no decorrer dos anos 90, uma produção de 80 filmes por ano. Hoje, o seu espaço vem sendo consolidado pouco a pouco, com festivais que mostram o que de melhor vem sendo produzido e também revelam jovens cineastas, que na maioria das vezes acabam por fazer deste tipo de produção o seu batizado no mundo cinematográfico. O cineasta Luís Carlos Lacerda afirma que existia, e ainda existe, uma lei que obrigava a passar um curta brasileiro antes de qualquer filme estrangeiro, mas que deixou de ser cumprida há duas décadas e reforça a importância dos festivais para os curtas: ''É preciso ter o cumprimento dessa lei para que seja definitiva a presença do curta no mercado. Se para o longa é difícil, para o curta é mais ainda. A Riofilme produz 20 curtas por ano, o que é pouco - é muito importante lembrar.
Se a lei existe, como é possível que ninguém a cumpra? Será que os órgãos públicos não vêem isso, ou fazem caso omisso a essa situação? Não é direito do cidadão exigir que as leis sejam cumpridas? Por sorte, existem organizações que estão preocupadas com isso e tentam reverter esse quadro, questionando e realizando eventos que chamem à reflexão para estes acontecimentos. A TribAL é uma das poucas organizações, na região, que vem realizando as mostras livres de curta-metragem. Em suas edições, realizadas na Casa 500 anos de História, em Cabo Frio, conta, em média, com uma platéia de 45 pessoas, dentre profissionais de cinema, autoridades do poder público e público em geral, mostrando assim que o curta-metragem tem muita aceitação. É muito importante salientar que a TribAL não conta com apoio financeiro para estes eventos, e eles só acontecem porque a vontade de vencer barreiras supera a sensação de letargia que acomete a grande maioria dos encarregados de manter e desenvolver a nossa cultura. A Secretaria de Cultura de Cabo Frio e o público interessado têm colaborado para que este evento continue a acontecer. Ficamos felizes com este acontecimento, esperando que ele se expanda até a realização do tão esperado Festival de Cinema. Longa vida ao cinema! Longa vida ao curta-metragem!
*Artista plástico, cineasta, poeta, ...

C i r a n d a, c i r a n d i n h a . . .


Por André Amaral*
É uma dança típica das praias que começou a aparecer no litoral norte de Pernambuco. Uma das cirandeiras mais conhecidas é a Lia de Itamaracá. Surgiu também, simultaneamente, em áreas do interior da Zona da Mata Norte do Estado. É muito comum no Brasil definir ciranda como uma brincadeira de roda infantil, porém na região Nordeste e, principalmente, em Pernambuco ela é conhecida como uma dança de rodas de adultos. Os participantes podem ser de várias faixas etárias, não havendo impedimentos para a participação de crianças também. Há várias interpretações para a origem da palavra ciranda, mas segundo o Padre Jaime Diniz, um dos pioneiros a estudarem o assunto, vem do vocábulo espanhol zaranda, que significa instrumento de peneirar farinha e que seria uma evolução da palavra árabe çarand. A ciranda, assim como o coco em Pernambuco era mais dançada nas pontas-de-rua e nos terreiros de casas de trabalhadores rurais, partindo depois para praças, avenidas, ruas, residências, clubes sociais, bares, restaurantes. Em alguns desses lugares passou a ser um produto de consumo para turistas. É uma dança comunitária que não tem preconceito quanto ao sexo, cor, idade, condição social ou econômica dos participantes, assim como não há limite para o número de pessoas que dela podem participar. Começa com uma roda pequena que vai aumentando, a medida que as pessoas chegam para dançar, abrindo o círculo e segurando nas mãos dos que já estão dançando. Tanto na hora de entrar como na hora de sair, a pessoa pode fazê-lo sem o menor problema. Quando a roda atinge um tamanho que dificulta a movimentação, forma-se outra menor no interior da roda maior. Os participantes são denominados de cirandeiros e cirandeiras, havendo também o mestre, o contra-mestre e os músicos, que ficam no centro da roda. Voltados para o centro da roda, os dançadores dão-se as mãos e balançam o corpo à medida que fazem o movimento de translação no sentido anti-horário. A coreografia é bastante simples: no compasso da música, dá-se quatro passos para a direita, começando-se com o pé esquerdo, na batida forte do bombo, balançando os ombros de leve no sentido da direção da roda. Há cirandeiros que acompanham esse movimento elevando e baixando os braços de mãos dadas. O bombo ou zabumba, mineiro ou ganzá, maracá, caracaxá (espécie de chocalho), a caixa ou tarol formam o instrumental mais comum de uma ci-randa tradicional, podendo também ser utilizados a cuíca, o pandeiro, a sanfona ou al-gum instrumento de sopro. O mestre cirandeiro é o integrante mais importante da ciranda, cabendo a ele "tirar as cantigas"(cirandas), improvisar versos, tocar o ganzá e presidir a brincadeira. Ele utiliza um apito pendurado no pescoço para ajudá-lo nas suas funções. O contra-mestre pode tocar tanto o bombo quanto a caixa e substitui o mestre quando necessário. As músicas podem ser as já decoradas, improvisadas ou até canções comerciais de domínio público transformadas em ritmo de ciranda. Pode-se destacar três passos mais conhecidos dos cirandeiros: a onda, o sacudidinho e o machucadinho. Alguns dançarinos criam passos e movimentos de corpo, mas sempre obedecendo a marcação que lhes impõe o bombo. Não há figurino próprio. Os participantes podem usar qualquer tipo de roupa e a ciranda é dançada durante todo o ano. A partir da década de 70 as cirandas começaram a ser dançadas em locais turísticos do Recife, como o Pátio de São Pedro e a Casa da Cultura, modificando um pouco a dança que se tornou mais um espetáculo. O mestre, contra-mestre e músicos saíram do centro da roda para melhor se adaptarem aos microfones e aparelhos de som, passando também a haver limite de tempo para a brincadeira. Compositores pernambucanos como Chico Science e Lenine enriqueceram seus repertórios, utilizando a ciranda nos seus trabalhos.
Os cirandeiros da TribAL esperam você na próxima ciranda para que a roda fique ainda mais formosa. Roda a ciranda!

*Fotógrafo, desenhista, câmera-man, protético nas horas vagas, big rider de grandes vagas, velejador em furacões e contador de histórias de pescador.

Dai a César o que é de César


Por Janete Ferreira*
Seduzido pela “paixão”, um artista às vezes até acha que está a fazer arte, mas no fim está apenas contribuindo para a roda da indústria cultural, estando a repetir o mas do mesmo. A burguesia nunca criou cultura, eles criam moda, e subordinados a ela, seus escravos ficam a mercê de suas vontades e caprichos. E aqueles que fazem, pouquíssimas vezes são ouvidos, mesmo gritando em praça pública.
Então dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. A César dai o imposto que lhe é exigido... Calar: verbo intransitivo. Calar: estar em silêncio; não falar, cessar de falar; emudecer; calar-se; não divulgar o que sabe; não ter voz ativa.
A Deus... Grito: substantivo masculino. Grito: vozes inarticuladas emitidas por quem sente dor, alegria, espanto.
Espanto-me de ver a cegueira da vaidade do dever não cumprido. O dever que falo aqui é a obrigação moral diante de si mesmo, que acaba sempre esbarrando com a sedução do interesse. Alegria de ter liberdade para gritar mesmo que de dor...
*Protética poética

A r t e D e m ó t i c a


















Por Jiddu Saldanha*
Conheci o “Manifesto Político-Poético” por volta de 1992, uma arrojada criação do genial poeta amapaense Herbert Emanuel em parceira com Jules de Lima (Morali) fundador do movimento de arte demótica.
Este manifesto é, na minha percepção, um jorro de pura paixão e profundidade artística e política e que está em total sintonia com este momento histórico, onde nos vemos cada vez mais, acorrentados quer seja pelas relações de poder ou/e domesticado por uma vida imersa no que há de pior no consumismo propagado pela doutrina do neo-capitalismo.
É com prazer que apresento à vocês, queridos amigos e simpatizantes do movimento TribAL, o então “Manifesto Político-Poético”:
Queremos afirmar nossa alegria
Contra a atmosfera de tristeza que nos envolve
Queremos fazer brilhar a beleza
Contra a fealdade sinistra dos nossos dias
Queremos dançar para revitalizar nosso espírito
Contra o logo das crises políticas e econômicas que nos arrastam para os braços do nada
Queremos brandir docemente e às vezes exasperadamente nossos ideais estéticos, políticos e pessoais
Contra o vazio que a insensibilidade oficial promove
Queremos exercitar os impulsos da criação, a intraduzível admiração diante das obras de arte
Contra o embrutecimento mental que a falta de cultura mais sórdida e mais triste nos impõe
Queremos ter sentido: um imenso, um vasto horizonte onde depositar nossas crenças, nossos delírios e nossas invenções
Queremos dizer SIM a tudo que nos transporta para o encontro com o novo, o velho, a beleza, a pintura, a música, o teatro, a poesia, o diálogo efusivo e ardente
Queremos molhar os desejos, incendiar os caminhos escuros,
COMEMORAR A VIDA!

*Mímico, poeta, artista plástico e arqueiro.

Oficina de JONGO com Dona Su - dia 5 de maio

OFICINA de JONGO com DONA SU:
Aprenda a tocar, a cantar, a dançar e tudo o que você precisa saber sobre o Jongo, o avô do samba. Dona Su é uma jongueira guerreira de Madureira, que vem trazer para Cabo Frio uma cultura que aqui existiu. A sua oficina é uma continuidade do trabalho do jongueiro Mestre Darcy.
- dia 5 de maio, sábado, 14h às 18h...
- Casa dos 500 anos de História, Portinho, Cabo Frio
- R$ 25,00
As inscrições serão limitadas. Os interessados devem se comunicar pelo e-mail tribalarte@yahoo.com.br ou pelos telefones (22)9949-4410 / 8111-7298. Será entregue um certificado da oficina.
Conheça o Jongo, conheça a sua cultura, conheça o Brasil!

13º Ciclo de Leitura - Vinícius de Moraes


3 anos fazendo arte, formando platéias e discutindo a política cultural!


Currículo

Eventos mensais:

- Ciclo de Leitura (evento sobre um autor nacional: literato, compositor musical ou dramaturgo, no Espaço Sorriso Feliz – Teatro de Marionetes) – desde fevereiro de 2006.

- CineTribAL – Mostra de curtas-metragens (Convento N. Sr.ª dos Anjos - Museu de Arte Religiosa e Tradicional) – desde julho de 2006.
- Plano T – Experimental Já! (evento multicultural no Espaço Sorriso Feliz – Teatro de Marionetes) – desde julho de 2007.



Eventos periódicos:

- Noite CulturAL (13 eventos multiculturais):
- Largo São Benedito (1 evento - 2007),
- Teatro Municipal de Cabo Frio (3 eventos - 2003 e 2006),
- Museu do Surf (1 evento - 2005),
- Bar e Espaço Cultural OJÁ (4 eventos - 2004 e 2005),
- Restaurante Labadee (3 eventos - 2004 e 2005),
- Boate T-Club (1 evento - 2004).
- Ciranda TribALeira e Jongo (Largo de São Benedito, Espaço Cultural ou Boulevard Canal) – desde novembro de 2006.
- Saberes & Sabores Nômades (troca artística entre a TribAL e um artista convidado):

- Arthur Gomes, poeta e músico campista (Atelier D'Aroeira) - junho/2007.
- Oscar Limache, poeta peruano (Atelier D'Aroeira) - outubro/2007.


Produções (em ordem cronológica):

- 2º Festival de Esquetes de Cabo Frio (Teatro Municipal) – 2004.
- Oficina de Humor com Duda Ribeiro (Teatro Municipal de Cabo Frio) – 2004.
- 1º de Abril – Dia da Mentira CulturAL (manifestação político/cultural na praça Porto Rocha) – 2005.
- Arraiá CulturAL (Festa junina no Jardim Excelsior) – 2005.
- Domingueira CulturAL (Bar e Espaço Cultural OJÁ) – 2005.
- Performances de dança e poesia (Bar Zen, em Arraial do Cabo) – 2005.
- Performance de dança e música para Exposição Dom Quixote (AB Galeria) – 2005.
- Performance de dança e música para Exposição Dom Quixote (Centro Cultura da Justiça Federal - Rio) – 2005.
- Performance de teatro, dança e música sobre Fernando Pessoa na 1ª Festa Portuguesa de Cabo Frio (Charitas) – 2005.
- Bloco da TribAL (Carnaval - saída no Espaço Cultural) – 2006.
- Curso de um ano sobre História do Teatro com Aldomar Conrado (Convento N. Sr.ª dos Anjos - Museu de Arte Religiosa e Tradicional) - 2006.
- Recital de Violão com Fernando Chagas - 2007.
- Oficina de Jongo com Dona Su (Casa 500 anos de História) - 2007.
- II Maratona Fotográfica de Cabo Frio (Charitas) - 2007.


Participações e apoios:

- Divulgação dos eventos culturais de relevância no Estado do Rio de Janeiro, realizados ou não pela TribAL – desde 2004.
- 1ª Mostra de Teatro de Bonecos do Grupo Sorriso Feliz (praças e Teatro Municipal de Cabo Frio) – 2004.
- Os Ecólatras (espetáculo interativo de mímica, nas praias, sobre o Meio Ambiente) – 2004.
- Bailei na Curva (espetáculo teatral) – 2004.
- Farol da Madrugada (espetáculo teatral) – 2004.
- Desabrigo (espetáculo teatral) – 2004.
- Domingueira Cultural (evento multicultural no Bar e Espaço Cultural OJÁ) - 2005.
- 3º Festival de Esquetes de Cabo Frio (Teatro Municipal) – 2005.
- Tempo de Espera (espetáculo teatral) – 2006.
- Etnias Culturais (Restaurante Etnias, em Rio das Ostras) – 2006.
- 4º Festival de Esquetes de Cabo Frio (Teatro Municipal) – 2006.
- I Maratona Fotográfica de Cabo Frio (Charitas) – 2006.
- Grupo Vidança – Dança Contemporânea (Teatro Municipal de Cabo Frio) – 2006.
- Projeto Oficina Teatro em Cena (Teatro Municipal) – 2006.
- Bonecart 3 – Festival Regional de Teatro de Animação (Largo São Benedito, Teatro Municipal de Cabo Frio e Espaço Sorriso Feliz) – 2006.
- Magia das Águas com o Grupo Creche na Coxia (espetáculo de teatro de bonecos no Teatro Municipal de Cabo Frio) - 2007.
- Projeto 4x4 - Dança, Teatro e Circo - espetáculos e oficinas (Teatro Municipal de Cabo Frio) - 2008.


Câmara Municipal de Cabo Frio:

Ata da Décima Sexta Sessão Ordinária do Segundo Período Legislativo da Câmara Municipal de Cabo Frio, realizada no dia 04(quatro) de abril do ano de 2006(dois mil e seis).
Ocupou a Tribuna o Vereador Alfredo Luis Nogueira Gonçalves, que inicialmente elogiou a atuação de um grupo de pessoas ligadas à cultura e que se integravam numa instituição denominada Tribal, dedicada à criatividade e uma consciência de formação estética no município. Disse ter tido oportunidade de um evento promovido pela Tribal, quando com muita satisfação constatara a efervescência da cultura em cabo Frio das artes cênicas, da poesia, do folclore, enfim de todo um caldo de cultura extremamente benéfico para a coletividade. Disse, que na próxima Sessão estaria dando entrada de Moção de Aplauso homenageando tais pessoas, pela generosidade com que ofereciam beleza, sabedoria e afirmações que por certo iriam falar a gerações futuras. Disse que sem qualquer ajuda do Poder Público o grupo Tribal praticava um extraordinário dom de tornar melhor e mais alegre a vida das pessoas, instituindo como objetivo principal o prazer da arte e da cultura. Disse esperar que a prefeitura tivesse mais carinho com tais manifestações, na medida em que cultura não era somente carnaval, mas também teatro, poesia, artes plásticas.
http://www.cmcabofrio.com.br/word/atas/2006/040406.htm


REQUERIMENTO Nº.: 027/06 DATA: 06/04/2006
ASSUNTO: REQUER OUTORGA DE MOÇÃO DE APLAUSOS A "TRIBAL" - ASSOCIAÇÃO CULTURAL DE TRIBUTO A ARTE E A LIBERDADE PELOS EXCELENTES EVENTOS DESENVOLVIDOS NA ÁREA DA CULTURA E ARTE EM NOSSA CIDADE DE CABO FRIO.
http://www.cmcabofrio.com.br/alfredogoncalvesrequerimentos2.html



PROJETO DE LEI Nº.: 088/07 DATA: 14/08/2007
ASSUNTO: CONSIDERA DE UTILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL A ASSOCIAÇÃO CULTURAL TRIBAL - TRIBUTO À ARTE E À LIBERDADE.
http://www.cmcabofrio.com.br/alfredogoncalvesprojetosdelei2.html